Adultos, os filhos do meio da humanidade

No meio estamos, mas às extremidades temos que chegar. As extremidades onde estão os filhos mais novos e os mais velhos da humanidade. As crianças e os velhos.
Somos adultos e precisamos de saber tudo sobre o papel de pai, mãe, professor, educador, colaborador, líder.
Seguramos os mais novos e os mais velhos, física e emocionalmente. É exigida a força de saber o que fazer como adulto, saber assegurar o caminho mais certo.
É um estado que tem dados adquiridos e uma infinitude de dados desconhecidos.
Do adulto espera-se que saiba lidar com os problemas no trabalho, com o nascimento de um filho, com a perda de um familiar, com a compra de uma casa, gerir o dinheiro, saber sobre sexo, saber sobre o casamento.
Quem ensina o adulto?
Quem ensina sobre sexo, quem ensina sobre casamento, quem ensina sobre o trabalho? Quem ensina sobre a morte?
A vida?
É a vida que nos ensina uma parte. A outra pertence ao adulto que veio antes, qual especialista em adultez que passa o testemunho. E assim vamos cumprindo com o que se espera de um adulto. Até que chega o momento em que os dados adquiridos, deixam de o ser.
Separamo-nos, deixamos de fazer tudo por um filho, queremos ir viver para longe de tudo e de todos, deixamos um emprego e assim descemos um degrau na escada da maturidade. Passamos a ser irresponsáveis, ou será que quer dizer, não adultos.
Quem define este modelo que tanto aprisiona? Um adulto. Como podemos escolher um modelo que ajuda a viver em maior liberdade?
Estar adulto é estar em movimento.
Cristina Madeira, ICF Certified Executive & Team Coach, EMCC Certified Senior Mentor, University Faculty